Quem escolhe o Direito como carreira encontra pela frente diversas
possibilidades de atuação. Ao final do curso, o futuro profissional pode
escolher a que mais se identifica com seu perfil. Essa decisão, porém,
não precisa ser definitiva, pois a qualquer tempo ele poderá mudar de
opção, desde que reúna os requisitos exigidos. Se o formando optar pela
área pública, por exemplo, pode, após ser aprovado em concurso público,
assumir a função de juiz, promotor, defensor público, procurador ou
delegado de polícia.
Na advocacia propriamente dita há duas áreas principais
de atuação: a contenciosa, que envolve a prática forense para resolver
conflitos, e a preventiva, que inclui a análise ou a avaliação de
situações e a posterior orientação de clientes. Para trabalhar com
qualquer uma das duas é preciso antes ser aprovado no exame da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil).
Seguindo uma tendência que já é realidade nos EUA e em
vários países europeus, os advogados brasileiros estão deixando de ser
chamados apenas na hora de resolver problemas nos tribunais. São muitas
vezes consultados por pessoas e empresas antes que as decisões sejam
tomadas, ou então, preventivamente, para a mediação de conflitos de
interesses em que se preserva o sigilo, em virtude dos valores, das
instituições e aspectos estratégicos envolvidos.
Para se colocar nesse mercado de trabalho, é importante
que o advogado integre associações de classe, redija artigos para
publicações especializadas e se faça presente em debates e palestras de
seu interesse. Áreas como Direito do Consumidor, Direito Ambiental,
Direito Tributário, Direito Previdenciário, Direito Comercial, Direito
Eleitoral, por exemplo, vêm sendo bastante valorizadas.
O formado em Direito pode atuar também como defensor
público (age em favor daqueles que não têm como arcar com os
honorários), delegado de polícia federal ou estadual, magistrado, na
Justiça Comum (federal ou estadual) ou na Justiça Federal (militar,
eleitoral e do trabalho), procurador do Estado (defende os interesses
estaduais em juízo) ou da República (atua em casos de ordem pública na
área federal), promotor de justiça (defende os interesses da sociedade) e
professor universitário, atividade que exige mestrado e doutorado, além
de poder seguir carreira como diplomata e fiscal.
As empresas privadas constituem outro vasto campo de
trabalho, em áreas como Direito Administrativo, Comercial,
Previdenciário, Trabalhista e Tributário.